QUANDO BATE A SAUDADE
De vez em quando bate a saudade
À porta cerrada do meu coração,
Quando relembro a maciez da mão
Que me fazia esquecer a idade,
E da voz, com acordes divinos ,
Sussurrando coisas ao pé d’ouvido,
Como um travesso menino,
Acordava meu desejo adormecido,
Para com ele em rodopios bailar
Voluptuosas danças em meus quadris,
Fazendo crescer, dentro mim, o mar
Do amor do jeito que eu sempre quis.
E quando vem essa doce saudade
Vem em forma de suave brisa
Trazendo consigo a verdade,
Que o amor é como pedra lisa,
Que nos escapa por entre os dedos,
Restando a lembrança dos momentos
Em que alma se divide em torpedos,
Para explodir os dolorosos tormentos.