A Lágrima do Luar Ausente

Mas é uma lágrima pequena
Feita de espelhos e de desejos,
Que nem assusta 
Porque não chega a transmitir dimensões.

Parou no meio da face sombria, 
Por isso não chega a marcar.
Centelha de prata seria,
Mas só se ainda houvesse luar.

Fiscaliza a minha alma,
Lamenta os jardins perdidos,
Assim como perdidos amores.

Depois, vai para a cama comigo,
Vela meu sono 
E aguarda meu despertar.

-Ave, lágima invisível,
teimoso resquício da estrela inaudível,
Por que não me deixas sonhar?  

Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 14/02/2009
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