DESPEDIDA VIRTUAL

Tanto tempo que não falamos mais
tanto tempo, desde a separação.
É verdade que sempre fomos virtuais
mas não sabia sobre isso, meu coração.

O soluço do outro, nunca ouvimos
e não tivemos um aperto de mão.
Só através de uma tela, sentimos
o que é penetrar numa escuridão.

A tanto tempo que não falamos
parece que foi em outra geração.
Mas o nome do outro, pronunciamos
quando colhidos pela recordação.

E nada sobre o outro sabemos
nem mesmo, se está vivo ou não.
Foi o que um dia prometemos
nunca saber, sobre nossa direção.

Promessa, que até hoje cumprimos
romper o combinado, seria em vão.
Pois o resultado, em seguida vimos
mudamos, para o mundo da solidão.

É certo, que do outro, lembramos
é certo, que ainda com emoção.
Morreu o vento, que cultivamos
o vento, que te levava minha canção.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 14/02/2009
Código do texto: T1439241
Classificação de conteúdo: seguro