Uma poesia chamada Itabira
Lembranças vagas, saudades intensas,
das brilhantes tardes de sábado no CAI;
memoráveis peladas de futebol de salão,
belas meninas em seus biquínis exóticos;
bate-papos interessantes, lindos sonhos,
projetos juvenis, trocas de experiências.
Das doces tardes no Palô ou Luizinho,
a juventude por toda a Rua Tiradentes;
no 'footing', namorando, questionando,
cinema das seis nas tardes de domingo;
no cine Atlético, aconchegante, colorido,
namoradas ao lado, amigos em volta.
Horas dançantes e bailes do VEC Pará ou CAI,
luz negra, estroboscópica, embalados belisquetes;
lindas canções do Roberto, Beatles, Creedence,
belas mocinhas, perfumadas, charmosas, sedutoras;
todos nós, jovens também, no fulgor das noites,
ah! com é saudável recordar, e reviver tudo de novo.
PF das madrugadas no bar Botafogo ou Olintão,
pescarias pitorescas, minúsculas tilápias;
farras na fazenda, ressacas de carnaval,
sol a pino, desnudos, nadando ao ar livre;
pulando, ágeis e festivos, quando vinha o trem,
loucas algazarras que ainda ecoam pelos ares.