Aí que saudade de mim

Que saudade da infância

Lá da rua da chegança

Dos gritos de esperança

Das chuvas e dos vendavais

Que saudade da inocência

Lá da filha de Dona Ceiça

Das mentiras e brincadeiras

E das palhas dos coqueirais

Que saudade da saudade

Daquele tempo da nossa idade

Dos pássaros do meu jardim

E que saudade do futuro

Que a gente pintava no muro...

Aí que saudade de mim.

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 05/02/2009
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