ALEGRIAS DE GURI
Guri que jogava bola na esquina,
em tapetes de verdes antigos,
que o tempo ainda não consumiu,
ditosos tempos que minh`alma viu,
e os sorrisos dos pequenos amigos!
Ah! tempos em que tudo vivia,
ao bel prazer das lúdicas paixões,
a bola o bets a diversa liberdade,
num cantinho esquecido da cidade,
fazíamos as alegrias dos nossos corações!
Descrever aquela felicidade,
jamais poderia nestes dias,
aquele céu não existe mais,
e longe ficaram nossos quintais,
palco de tantas e variadas alegrias!
Daquelas tardes suarentas,
misturadas ao inocente jeito de sonhar
lembro dos poéticos crepúsculos,
belezas que nossos corpos minúsculos
não tinham o discernimento pra exaltar!