DESCOMPASSO
Tânia Ailene
 
Entrego-me de graça,
no estado inevitável deste emoção.
Escudo da paixão
anunciando a leveza de sentimentos
vou vivendo a razão.
Muda no escuro
silêncio é saber ver a vida passar.
Constantes as vibrações
de brisa que chegam
inebriando pensamentos
atropelando meus castelos...
Chuva fina, fim de domingo
com pipocas e risos a volta
tristeza fazendo morada
no recanto dos sonhos perdidos...
Sofrimento sem colocação
escuto a água da fonte do querer
banhando meu olhar  perdido
no lugar onde terminam
as expectativas do amanhecer.
Movimentos fáceis
invadida alma que clama
segredos derramados
 com restos de alegrias.
Vem, olha, volta, sente,
penso no que é a vida
sem viver sentindo
sem sentimentos
aguardando o favor do criador...
Cantinho do coração que vai batendo
no descompasso do desacreditar...
 
Tânia Ailene
Rio de Janeiro



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Tânia Ailene Nua Poesia
Enviado por Tânia Ailene Nua Poesia em 19/04/2006
Reeditado em 20/07/2011
Código do texto: T141482
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