ATO FINAL

I

Não tenho o coração cheio de amor

neste instante. Também pudera,

fazem meses, não leio, só dor...

Muito trabalho. Uma loucura só e quisera

poder amar - sem pensar -

em coisas outras pra o amor tentar.

II

Resolvi por agora escrever

pra quem quizer me ouvir

quem sabe: pra você com seus olhos me ver,

me entender... Haverá de convir

que a música é o amor que te dou

naquilo que ficou, que desmanchou.

III

Saudades de um tempo...

De um tempo que nem mesmo sei

que tempo é este, se é que existe um tempo

para o que ficou pra trás; cansei

por coisas, saudades, lugares,

pessoas, por coisas vulgares.

IV

Quando se pára e pensa no justificado

pergunto: qual a maldade que existe

se nasci para amar ? Talvez o recado

não esteja adequado pra mim que persiste

em pensar que amar é este espanto

que penso cometer para tanto.

V

Amar é tão sutil quanto o desejo,

porque assim pensando,

não haverá de ter furor neste ensejo.

Quisera poder amar acalentando

o doce amor do tempo ingrato

passado todo airoso momento grato.

Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 29/01/2009
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T1411130