Vereda do Amor
Vereda de Amor
Tanto procurei o caminho
Enveredei-me por ele
Ao encontro do jardim
Observei flores, amores,
Rosas que se abriam pra mim
E de lá avistei uma trilha
Um percurso curto e bonito
Que me levava ao infinito de sensações
Guardei a estrada dentro do coração
Pus sobre meus olhos a vereda enluarada
A silenciosa curva de amor
Fui esperando sua chegada
E na sua companhia faria um trajeto
Seguindo os passos do amor
De mãos dadas como na infância
Olhando borboletas e crianças
A brincarem por entre as árvores
A estrada a me esperar
E eu ali esperando sua presença
A vereda calada a me convidar
O vento veio
O tempo a trouxe
Sua mão eu pude beijar
Mas tive medo, receio,
Uma certa vergonha de te abraçar
Minha alma aberta, o corpo fechado,
Somente lágrimas a derramar
E a tarde caiu vazia
O dia passou sem dar lugar
Não passeamos pela estrada
Pela vereda não pude passar
Ficaram lá as borboletas
As flores todas que ia te dar
Ficaram lá os passarinhos
O silencio do caminho
E o meu sonho de criança
Andar contigo de braços dados
No jardim de sonhos da minha infância
Paula Belmino
*Esta poesia nasceu hoje cedo ao lembrar dos planos que fiz com a vinda da minha mãe aqui e não pude realizar pelo pouco tempo que ela passou comigo.Atrás do meu condomínio tem uma vereda assim , descrita nos versos, cheio de silêncio e paz, flores e passarinhos, e eu sonhava passear com ela por lá , porém não deu tempo, ela já foi embora pra cidade Natal e eu fiquei na saudade e ansiedade de que um dia ela retorne pra que juntas possamos ouvir os cânticos dos pássaros, sentir a calmaria do lugar e nos envolver no silêncio, deixando apenas que a voz do amor no coração possa falar do meu amor por ela.