Onde você está?
O que fazes quando se ausenta de mim?
Há poucos minutos uma dor chegou
E de mansinho me torturou por dentro
Que idiota me tornei ao decorrer do tempo?
Nas horas vagas
Vejo a imagem de um garoto
Que cresceu o seu ódio
Numa infância sólida e sombria
Tenho-te como um pai
Apareça, para que novamente
Meus olhos não venham a me enganar
Longe desse mundo
Mostrou-me toda a verdade
Escondida nas pessoas
Fazendo-me criar armas próprias
Graças ao seu preparo
Fui forte durante anos
Mas logo que se ausentou
Perdi-me por completo
Uma carência me obrigou
A entregar-me com facilidade as pessoas
Mas as pessoas mentem e ferem
Transformando as boas em más
O peso de carregar uma dor no peito
Roubam-me lágrimas de sangue está noite
Não tenho ninguém para me alentar
Preciso de você por perto
Mostre-me como te encontrar
Essa noite ainda
Ou amanhã tão cedo se não se importar
Volte logo, dê-me seu endereço caso preciso
Pois em algum lugar
Quero logo contigo poder estar.