A mulher menina segue

Por onde tu andas,

te sinto cada vez mais longe de mim.

A distancia atinge também a nossa alma,

não só nossos corpos.

As lembranças corroídas pelo limo e a ferrugem desaparecem.

Bem que eu tentei não perde-las e com toda coragem salvar.

Caro, não foi fácil apagar tuas lembranças!

Por mais que elas machucassem minha alma,

Elas também alimentavam a minha poesia.

Viver sem elas é tirar de vez de mim a paixão

É condenar os meus dias ao vazio.

Não foi fácil deixar morrer,

as lembranças de nós dois,

Regada às vezes em lágrimas...

Elas alimentavam minha vida.

O vazio da tua falta era grande,

Mas viver sem elas era frio para a minha alma.

Fiz de meu coração fortaleza para manter ela viva,

E eu também.

Não caro, fácil não foi desistir de lutar,

Mas o tempo é implacável e não perdoa.

Destrói tudo com passar dele.

E agora tenho que viver sem elas!

Sem tua presença já me habituei.

Terei que encontrar força e coragem para continuar,

E ainda encontrar poesia para escrever,

Apesar de tudo!

Mulher menina em mim segue,

O seu destino longe do teu destino.

Dyabarros
Enviado por Dyabarros em 24/01/2009
Reeditado em 26/01/2009
Código do texto: T1402854
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