SAUDADE...
( a minha esposa, in memorian)
Teu desencarne fez-me descontente,
com a alma e o coração sempre em quebranto;
do nosso lar foi embora o antigo encanto
que tu levaste assim... tão de repente!
Do alto onde estás podes sentir o quanto
por ti pranteio ao te sentir ausente,
e nada existe que tão fortemente
me incline à solidão e ao desencanto!
Não mais teus lábios, nem os teus abraços
tentei buscar noutros alheios braços,
preso à paixão que só por ti nutria!
E hoje vergado a esta fatalidade,
a Dor se fez a esposa do meu dia,
e à noite faço amor com a Saudade!
( a minha esposa, in memorian)
Humberto Rodrigues Neto
Teu desencarne fez-me descontente,
com a alma e o coração sempre em quebranto;
do nosso lar foi embora o antigo encanto
que tu levaste assim... tão de repente!
Do alto onde estás podes sentir o quanto
por ti pranteio ao te sentir ausente,
e nada existe que tão fortemente
me incline à solidão e ao desencanto!
Não mais teus lábios, nem os teus abraços
tentei buscar noutros alheios braços,
preso à paixão que só por ti nutria!
E hoje vergado a esta fatalidade,
a Dor se fez a esposa do meu dia,
e à noite faço amor com a Saudade!