Retalhos
Retalhos
A chuva fina escorrendo suave pelo vitral
O crepitar do fogo ardendo na lareira
Faz o ambiente aconchegante, quase irreal,
Onde sombras brincam na parede nua
Projetadas pela luz de solitária luminária...
O cheiro inigualável de terra molhada
O odor suave de rosas vermelhas
Invadem o recinto e a saudade explode,
Entre jasmins e miosótis delicados se espelha
Florescendo resoluta como enigmática ode...
Imortalizando as telas da memória
Deixa a alma travessa falar como poeta
Seja no papel com certo quê de brilhantismo
Ou num painel imaginário da mente em gloria
Onde no coração tem morada cativa certa...
Ah, saudade!Sóis retalhos colhidos ao relento ... Retalhos? Oh, sim, apenas retalhos...
És cofre de inúmeras riquezas, legado do tempo.
Faz-me autora de versos que brinco num lamento
Iluminando a página humilde da minha historia
Norma Bárbara