Flores na Janela

Eu já não sei bem

Que passagem nos toma

Que alento é este que nos arrasta

Folhas soltas, levadas, infeliz tempestade

O tempo padece e com ele, meu bem

Já não sorri como antes

Já não tem o verde d´antes no olhar

Ah! Delicado brilho,

E eu nem sabia o que era amar

Concebia um raio, sob o luar,

Estrelas cadentes na escuridão

E nada tinha o tamanho do medo

Que não habitava, o meu coração.

Era tão delicado o teu beijo

Tão impetrante era o teu toque

E por dez mil noites fui tua,

Uma lua nos teus lençóis

E agora, o que há de nós

Ante a percepção

Que há tanto de você, nas flores da janela

Tanto que eu não posso entender

E nem esperar

Acreditar no teu abraço

E outra vez me entender criança

Entregue ao brilho do teu olhar.

AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 15/04/2006
Reeditado em 21/09/2010
Código do texto: T139615
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