Flores na Janela
Eu já não sei bem
Que passagem nos toma
Que alento é este que nos arrasta
Folhas soltas, levadas, infeliz tempestade
O tempo padece e com ele, meu bem
Já não sorri como antes
Já não tem o verde d´antes no olhar
Ah! Delicado brilho,
E eu nem sabia o que era amar
Concebia um raio, sob o luar,
Estrelas cadentes na escuridão
E nada tinha o tamanho do medo
Que não habitava, o meu coração.
Era tão delicado o teu beijo
Tão impetrante era o teu toque
E por dez mil noites fui tua,
Uma lua nos teus lençóis
E agora, o que há de nós
Ante a percepção
Que há tanto de você, nas flores da janela
Tanto que eu não posso entender
E nem esperar
Acreditar no teu abraço
E outra vez me entender criança
Entregue ao brilho do teu olhar.