Amor em tempestade

A chuva chega vaidosa e toda melosa se entrega ao vento.

Eles fazem par violento...

Mostram-se.

Sinto uma inveja branca.

Uma saudade franca, um desejo bravo.

Tudo porque não estou ao teu lado.

Minha sensatez, pensamento, nada vale.

Usurparei teus sentidos...

Preciso tê-los comigo.

Quero vê-los, tê-los, senti-los sem abrigo.

Assim tra-los-ei comigo.

Então seremos chuva e vento!

Seremos ungidos nas noites ''santas'' e os dias perderão seus vãos.

Seremos primeiros e últimos.

Estaremos cheios de nobres essências

E gritaremos o grito da agonia.

Provaremos que o nunca existe.

Cristina Gonçalves
Enviado por Cristina Gonçalves em 20/01/2009
Reeditado em 10/04/2022
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