JARDINEIRO DO AMOR

As coisas boas que aprendeu ,

Não foi neste “Ateneu”,

Que você se encontra agora.

O laurel a ti ofertado,

São as larvas do passado,

Que querem tirar da memória.

A cratera deste vulcão,

Ainda está em erupção,

Só que as lavas não derramam.

Nasceu outro vulcão ao lado,

E para cobrar esse passado,

São dois a lançar chamas.

Esta dívida aqui cobrada,

É de uma flor que foi podada,

Pelos espinhos do mesmo canteiro.

Ela refloresceu em outro jardim,

Seu perfume só exala pra mim,

Por ser eu seu jardineiro.

A flor que outrora foi podada,

Hoje está sendo irrigada,

Com as lágrimas de um amor.

Quando suas pétalas se orvalham,

Se abrem e me agasalham,

Com seu perfume e calor.

Junte a esse peito latejante,

O seu amor tão micante,

E vamos flutuar no espaço.

Viajar com a natureza,

E dormir com a certeza,

Que você está em meus braços.

Otaviano de Carvalho
Enviado por Otaviano de Carvalho em 19/01/2009
Código do texto: T1392273
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