JARDINEIRO DO AMOR
As coisas boas que aprendeu ,
Não foi neste “Ateneu”,
Que você se encontra agora.
O laurel a ti ofertado,
São as larvas do passado,
Que querem tirar da memória.
A cratera deste vulcão,
Ainda está em erupção,
Só que as lavas não derramam.
Nasceu outro vulcão ao lado,
E para cobrar esse passado,
São dois a lançar chamas.
Esta dívida aqui cobrada,
É de uma flor que foi podada,
Pelos espinhos do mesmo canteiro.
Ela refloresceu em outro jardim,
Seu perfume só exala pra mim,
Por ser eu seu jardineiro.
A flor que outrora foi podada,
Hoje está sendo irrigada,
Com as lágrimas de um amor.
Quando suas pétalas se orvalham,
Se abrem e me agasalham,
Com seu perfume e calor.
Junte a esse peito latejante,
O seu amor tão micante,
E vamos flutuar no espaço.
Viajar com a natureza,
E dormir com a certeza,
Que você está em meus braços.