VELHA MORADA
Era uma casa enorme
cercada de jardins.
Eu, pequenina,
vivia nela
brincava
sonhava, sim.
Tinha grandes janelas
todas abertas à vida.
Debruçava-me nelas
inalava o aroma dos cravos
passava horas entretida.
O tempo passou.
Cresci,
sonhei,
amei.
Um dia dei-lhe adeus, comovida,
lembrei-me das alegrias vividas
e, bem baixinho,
chorei.