SÓ LEMBRANÇAS
No cais o pensamento voa. A onda bate na proa e o barco quase náufrago se lança em alto mar.É a vida viajando no tempo... Ancorado o navio, desembarca gente de muitas raças, línguas de traças, zombeteiras assobiam a moça que passa.Ela disfarça. Ali no porto, num tempo passado, quase morto, via seu navio de sonhos apoitar. A ponta da bengala agora são seus olhos.Não vê navios - só negritude. Nem escuta assobios, apenas sentia na pele o último por-de-sol e a lembrança de quando a juventude lhe sorria.