Meu rosto

Meu rosto

desfolhando pétalas no silêncio de noites,

desnudou-se das máscaras tão horrendas

que doeram e sulcaram labirintos bizarros.

A essência da essência porém, era virgem

da insônia maldita de ateus irreverentes

e quando as máscaras ruíram desoladas,

ia a minh’alma bravia escalando morros,

com fé banhando-me o rosto em estiagem!

Desmaiaram-se as cores fictícias do rosto,

antes abençoado, só para refletir o encanto,

sempre que a alma perene soluça um grito

de auto-piedade, acorda um perdoado casto!

Descolaram daquele cenário celestial divino

anjos e harpas no silêncio norturno estrelado

e doravante, quaisquer máscaras eu abomino,

para vestir a nudez pura que limpa o mundo,

e aproxima o supremo Deus de luz e compaixão,

em sua melodia de amor universal, que restaura

todo aquele cuja mãos humildes clamam perdão,

para tocar a eternidade miraculosa a sua espera!

Santos-SP-13/04/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 13/04/2006
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