De volta

Viajei de volta ao passado,

E não foi, deveras, um acaso,

Mas um caso de caso pensado,

Por tudo que lá jazia.

Levei, na bagagem, olhar assustado,

Perguntas com respostas vazias,

Tantas incógnitas, tantas!

Mas enfrentá-las, eu deveria...

Tempo, em inércia, em minha vida,

Vendado num carmim que reluzia,

Quão frágil e tola eu era!

Certa que o mundo, em mim, cabia.

De volta ao presente que nada merece

Nem verso, soneto ou poesia

Meu futuro, nem nobre me parece...

Muito me sobra covardia.

Viagem sem graça esta

Nada salvei, mas tanto eu queria!

Não consegui trazer, comigo,

Nem o carmim que reluzia!

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 08/01/2009
Reeditado em 22/04/2009
Código do texto: T1373295
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