UM CANTO DE SAUDADE

Da janela vejo a noite calma e fria.

A tua ausência é dor lenta que corrói

entre vozes serenas ao clamor da viola

harmoniza lá no poente o fim do dia...

sob o canto o pranto consola...

Nas dedilhadas notas da melodia.

Cada momento cada ilusão vivida

Num novo despertar à realidade.

Um despertar de cada sonho, sonhado

Em viagem ao mundo do ser amado.

Respiro esse mundo não tão distante

sentindo a nostalgia da lua.

Sinto ternura. alma pura que

é tua.

Num canto nostálgico ao dia morrente.

A rumo vazio.

Distancio-me silenciosamente .

Só o teu amor em gestos delicados é

capaz de me resgatar de um esmo sem fundamento.

Saudade! Despedida! Lembrança e espera...

Cruel vingança de quem ama é a distância

A dor é ardilosa e escraviza a minha alma

A tua ausência é uma morte severa e dura.

A tua presença é o poder da minha cura.