Saudades de mim
Fui criança, fui menina
Pulei corda, rolei no chão
Era dona da minha vida
E a tinha na palma da mão.
Se eu quisesse, ela parava
Se eu mandasse, ela seguia
Ah, quanta saudade eu tenho
da vida que me pertencia!
Mas depois eu fui crescendo
E a vida cresceu também
Apesar dela ser minha
Já não obedecia a ninguém.
Vida louca, louca vida
Que pula corda e rola no chão
Escapou como um passarinho
Escapa de nossa mão.
E eu, agora, sem rumo
Pergunto, a todo mundo, onde você está
Se eu a encontrasse lhe diria
Que eu, tão menina, não sabia
Que na palma da minha mão,
você, apenas, se escondia.