Sinos da Piedade
Ainda ouço os sinos da igreja
repicarem ao nascer do
dia e ao cair da noite.
Pareço estar em uma cena
de fins de algum século
perdido no tempo.
Há poesia no som que
vem de longe e me faz ver
que ainda a modernidade
respira nos ares do que
chamam de pós-moderno.
E é como se esse tempo
ficasse estático em algum lugar do
passado distante e tão
presente quanto as horas
que se anunciam no doce
bramido dos sinos.