MEU PRIMEIRO DIA DO MEU NOVO ANO (poema N. 33)
(Sócrates Di LIma)
É madrugada, o silêncio tomou conta das vias,
Não se ouve mais os sons da pirotecnia.,
Nem as antigas farras dos primeiros dias,
Nem as casas em festas fazendo folia.
É que já é madrugada, mas não ouço o galo cantar,
Nem o sono me pegou, nem tenho vontade de dormir.,
Mas uma coisa é certa e me faz lamentar,
Ela não está comigo, mas sua saudade me fez sentir.
Esperei o telefone tocar e várias chamadas atendi,
Eram amigos a me cumprimentar.,
Mas, nenhum sinal de Basilissa eu vi,
Então, fiquei triste e vejo no relógio as horas passar.
É madrugada, mas meu pensamento é dela,
É um novo ano, mas tudo parece repetir.,
A ausência, a saudade, a solidão, e tudo em faz pensar nela,
Mas o ano apenas começou, não posso nada exigir.
Nâo somos livres e nem temos nada a esperar,
E para piorar, meu telefone resolver descarregar.,
Nem um sinal, nem posso para ela ligar,
Mas não importa, se estou pensando nela, ela há em mim pensar.
É madrugada e o sono não chega,
Sozinho aqui neste meu quarto frio.,
Me resta o travesseiro e uma vontade que me pega,
Na ânsia de suportar este meu quarto vazio.
É meu primeiro dia de um novo ano,
Muita coisa tenho a conquistar.,
E dentre outras coisas está este amor insano,
Que não me perturba, mas faz-me questionar.
Na verdade, mesmo com esta minha quase solidão,
Nesta madrugada quase fria me fazendo de sentinela.,
Aqueço o meu companheiro coração,
Com a minha doce e gostosa saudade dela.
(Em 01/01/2009- Registrado)