SAUDADES

(Sócrates Di Lima)

Sinto no peito uma vontade imensa de chorar,

Sinto a nostalgia tomar conta da minha alma.,

Sinto que não é angustia nem solidão a me dominar,

É talvez a ausência, a loucura de este meu amar.

Uma canção saudosa toma posse dos meus ouvidos,

(Bonanza/Going Home- no yutube)

Que de profunda, me remete a tempo distante.,

De personagens aventureiros e nascidos,

No idealismo de ser no amor, um caixeiro viajante.

Sinto no peito uma vontade de chorar que não contorno,

Talvez de uma despedida não vista, algo que não fiz.,

De alguma coisa que passou sem retorno,

DE alguém que partiu sem ser feliz.

É um aperto que o coração quase não agüenta,

Mas é uma coisa boa, um sentimento qualquer.,

É uma saudade indescritível que a mente inventa,

É também a saudade irremediável daquela mulher.

Sinto saudade de algo que não tenho agora,

Talvez, saudade de tudo que não tenho por ora,

Que está guardado nos arquivos de outrora,

Mas que sempre será lembrada basta uma boa hora.

(Em 30/12/2008 – Registrado)

VIVER UM GRANDE AMOR

(Sócrates Di Lima)

Há nos meus olhos certo tom de cansaço,

Há no meu sorriso, um tom triste de solidão.,

Afinal, não tenho peito de aço,

Nele guardo o meu coração.

Há no meu olhar uma distância sem fim,

Há também um horizonte perdido.,

Há nos meus braços saudades,

De abraçar o teu corpo e traze-la para perto de mim.

Há no meu andar, passos lentos e repetitivos,

Há no meu falar, soluço e notória rouquidão.,

Há na minha face, sinais de choros lascivos,

Há nas minhas emoções pesares da razão.

Há no meu presente resquícios de esperança,

Por tudo que sonhei e não alcancei.,

Mas há ainda o desejo terno da minha criança,

Que nunca morre, sobreviveu a tudo que passei.

Há nos meus olhos ironia e cansaço,

Da entrega do corpo, da alma e da liberdade.,

No sentido de buscar nela o seu abraço,

E esquecer das angustias de sentir saudade.

Mas, sobretudo, há neste meu peito sofrido,

A mais viril e intrépida vontade de renascer.,

Cravar na alma o amor singelo que ela tem me oferecido,

E vive-lo intensamente como meu último ato antes de morrer.

(Em 30/12/2008 – Registrado)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 31/12/2008
Reeditado em 30/12/2010
Código do texto: T1361023
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