Poema

POEMA

Uma canoa gingando ao léu

Uma margem deserta, adormecida...

Um fantasma lúdico de esperança

A nudez de uma folha perecida

Formam o passaporte do destino

Rumo às lágrimas silenciosas

Ao som do pranto entrecortado.

As palavras sucumbem na garganta

Exibindo na face sorriso culposo

Naufragando num mar de solidão.

Destoando do olhar de desafio

A sede de amar exposta

Reaparece como magia grosseira

Numa vertente de um viver mal resolvido

Na tela da memória um filme

Filme da perda que virou poeira

Da espera que virou saudade

Da paixão que virou lembrança

Da paz que virou dilema

Da alegria que virou lamento

Do amor que era tesouro

E que hoje virou poema.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 30/12/2008
Código do texto: T1359617
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