Sonhos, apenas sonhos

SONHOS, APENAS SONHOS

Como uma flor solitária a beira do caminho

Como o beijo que não foi dado

Por isso jamais esquecido...

Como a palavra que ficou presa na garganta

E que luta por um dia se soltar

Ou a lágrima invisível

Que retalha a alma...

Como a dona das palavras que viram versos

Como o sentimento contagiante em ebulição

Ou o romance que não vingou...

Como

o olhar inquieto

Que se perdeu na busca

Ou o sorriso que feneceu

E não mais desabrochou...

Como o paraíso sonhado

Cujas portas se cerraram

Como a procura que não se encontra

O desejo que não se realiza

Ou a entrega que não aconteceu...

Como o sangue que nas veias pulsa

Clamando por um gesto seu

Como o coração ardente e apaixonado

Que nas batidas soletra seu nome

Como o amor que quer ser ouvido

Na esperança de ser amado

Sigo pela estrada como alma peregrina,

Braços abertos, sonhos, apenas sonhos,

Embalando meu viver

Distante da realidade

Na espera da paixão acontecer

Onde no instante supremo

Seremos um só, eu e você.

Norma Bárbara (Flor de Liz)

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 30/12/2008
Código do texto: T1359614
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