Casa do meu avô.

Ainda me lembro

Da casa velha do meu avô

Da sala de tábuas corridas

Das grossas cortinas

Do tapede grosso

E lá no fundo ,com tecido vestida

Uma máquina de escrever antiga

Nela meu avô as horas passava

Num tleque tecle ritimado

Escrevendo seus textos e artigos

Seu passatempo e ganha pão diário

Ainda me lembro da casa do meu avô

Mas o que me marca mais a lembrança

É ve-lo ali sentado

E eu como criança ainda sem saber entender

O motivo e o sentido da cena

Admirava sem perceber

Hoje já não se tem a casa acolhedora do meu avô

Ela foi demolida dando lugar uma grande avenida

Onde pessoas e carros passam sem saber

Mas resgatada ficou comigo

A companheira e amiga

Aquela onde ele ganhava a vida

A antiga máquina de escrever!

Monica da Costa
Enviado por Monica da Costa em 27/12/2008
Reeditado em 27/12/2008
Código do texto: T1354521