Casa do meu avô.
Ainda me lembro
Da casa velha do meu avô
Da sala de tábuas corridas
Das grossas cortinas
Do tapede grosso
E lá no fundo ,com tecido vestida
Uma máquina de escrever antiga
Nela meu avô as horas passava
Num tleque tecle ritimado
Escrevendo seus textos e artigos
Seu passatempo e ganha pão diário
Ainda me lembro da casa do meu avô
Mas o que me marca mais a lembrança
É ve-lo ali sentado
E eu como criança ainda sem saber entender
O motivo e o sentido da cena
Admirava sem perceber
Hoje já não se tem a casa acolhedora do meu avô
Ela foi demolida dando lugar uma grande avenida
Onde pessoas e carros passam sem saber
Mas resgatada ficou comigo
A companheira e amiga
Aquela onde ele ganhava a vida
A antiga máquina de escrever!