PERAMBULÂNÇA E SAUDADE

(Sócrates Di Lima)

Nas noites que minha alma desassossega,

Liberto as minha torturas.,

Na perambulânçia pelas ruas da saudade que me entrega,

De mão beijada minhas esperanças futuras.

Me pego ao redor de uma mesa de bar-bantes,

Onde vendem tragos de pura ilusão.,

Então me embriago na bebida da solidão de antes,

Apenas pelo vicio de amar sem solução.

Sou um contumaz amante solitário,

Já que para amar preciso amar mais a mim.,

Sendo primeiro meu amante unitário,

Para depois amar quem se dispuser me amar assim.

Mas quando a solidão é presente me deixa aturdido,

E pelas ruas do meu tédio cambaleio.,

Vago por linhas tortas do meu horizonte perdido,

E me torno prisioneiro de tudo que anseio.

Mas quando termina a noite e principia a madrugada,

Meu travesseiro umedecido pela saudade dela.,

Me devolve a realidade de uma viagem aliciada,

Mantida pelo desejo de vê-la entrar pela minha janela.

Apenas um poema

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/12/2008
Reeditado em 14/11/2010
Código do texto: T1347471
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.