IMORTAL
Transporto-me para o ontem
De vida povoada de tudo e de nada...
Um tudo escondido e obscuro,
um nada em farrapos vazios...
Mas com tudo, um tudo forte
de um nada mais que nada defragado...
Mas que já se faz saudades
em suspiros fogosos guardados e esquecidos...
Afago-me a alma em cada detalhe
que não se esgota nessa eterna desventura
de um ontem mais hoje do que nunca...
E mesmo que essa angústia me atormente,
permito-me ser invadida, ainda assim,
pelo doce tormento de um amor encantado
que rasteja a tristeza dos desencontros
de todos os beijos, abraços e amores...
Um sentimento retalhado pelo destino,
mas eternos em mim... IMORTAL!