DO OUTRO LADO DA VIDA
Meu irmão
Esse pranto
Que ora foge aos olhos...
Não é de dor que molho
O meu rosto não.
Sei que tu partiste
Numa tarde triste,
Mas ainda existes
Aqui em meio a nós...
Além do mais, contigo
Tens tantos amigos,
Tens nossos avós...
Há em teu meio Dante,
Cristo e Cervantes...
E ouves o sermão
Do jovem baiano
Que rasgou o pano
Da escravidão.