SAUDADE E PERSEVERANÇA(Poema n. 19)
(Sócrates Di Lima)
Já não sei se sinto saudade,
Do que sou o do que tu eras.,
Me sinto nostalgico, é verdade,
Divago nas minhas quimeras.
Tua eras romantica, vunerável donzela,
Hoje a razão te faz diferente.,
E dessa mudança, sinto saudades dela,
Pois se ausenta do loucos sonhos da gente.
Quem não da assistência, entra em concorrência,
Perde a exclusividade, passa á opção.,
Com ampla certeza, perde a preferência,
E passa a ser apenas desejo e sedução.
E isto eu não quero,
Quero dar assistência permanente o bastante como eu penso.,
E me deixa assim nesta minha alegria,
Em saber que persisto e entrego-me a um consenso.
E o tempo é escravo da ampulheta,
Que marca, desmarca e faz esquecer.,
Não te quero em simples silhueta,
Imagem distante que neu não possa ver.
A saudade é a unica e certeza esperança,
De quem amou, ama e não esquece.,
É carência de amar denovo, é perseverança,
Que não se confunde e jamais envelhece.