ONDE ESTÁ TEU CORPO AGORA (poema n. 18)
(Sócrates Di Lima)
Bem me faria a tua presença agora,
Colocaria toda esta minha tristeza para fora.,
Mandaria esta minha saudade embora,
E minha alegria seria a tua alegria toda hora.
Não queira ser feliz sozinha, vais sofrer mais,
Pois bem sei, que uma andorinha só não faz verão.,
Somos dois em nossas paixão iguais,
Desse jeito, eu e tu, tu e eu, somos dois na mão de direção.
Eu amanheço meu dia de Sol com graça,
Brilho explendido que me ilumina o olhar.,
Mas por tudo meu pensamento bão disfarça,
Não procurando outras coisas para se lembrar.
Um poeta não deveria ser fingidor.,
Nem mesmo pelas dores que sua alma alimente.,
É maior tormento fingir a dor,
Do que realmente senti-la pelas razões que sente.
Bem me faria tua presença menina.,
Meus versos seriam alegres e belos.,
Tua ausência aumenta minha sina,
De viver na saudade e flagelos.
Não sou tão forte como escrevo,
Nem tão insensível aos meus apelos.,
Quero viver meus versos como servo,
Viver meus poemas, antes de sê-los.
Meus poemas é minha vida escrita,
Meus versos, meu alimento.,
Meus contos minha fantasia que grita,
Minha poesia, meu sofrimento.
Minha alma é uma biblioteca romântica,
Meu corpo desejos insanos.,
Meu coração é emoção atômica,
Que explode em corpos profanos..
São frutos de uma alma imaginária,
Que tem visões e miragens férteis.,
Alimenta-se de ilusão ordinária,
Que dói e fere feitos projéteis.
Onde está meu amor agora,
Que o meu coração de saudade pede e clama.,
Deve estar em algum lugar ai nessa estrada a fora,
Quem sabe adormecido sobre uma cama.