Morro de saudade
nada há que me console
poema algum que a lave
palavra alguma que role
tanta dor de ti silente
dentro da minha clausura
vibrante seta que fura
minha alma transparente
que neste silêncio grita
ais de mim e de lonjura
que partem de mim segura
se com a tua se encontra
se aos teus abraços se lança
como fonte de água pura.