M A L D I T A S A U D A D E

A louca ansiedade

Acelera as angústias do coração

Neste mal da alma

Que chamamos de solidão.

Alma que chora e lamenta a separação,

E sempre um pedacinho dela segue

Perdida nas asas da recordação.

Não foge o pensamento deste alguém,

Na ânsia louca, a espera de seu bem,

Chama seu nome insistentemente

Sentindo o fogo do desespero

Queimando o peito, como brasa ardente.

Saudade que consome

Até mesmo as palavras de esperança,

Tirando o brilho da vida, perdida na tristeza de sua ausência

E alonga-se o caminho

Perseguindo uma lembrança.

Nesta sombra negra que me rodeia,

Não acharei outra gota de luz

Pois apagou-se a fonte de claridade

E as horas mortas da noite

Relembrando o que foi felicidade

Só a dor produz,

E maltrata amargamente

A doentia e maldita saudade.

Elio Moreira

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 12/12/2008
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