M A L D I T A S A U D A D E
A louca ansiedade
Acelera as angústias do coração
Neste mal da alma
Que chamamos de solidão.
Alma que chora e lamenta a separação,
E sempre um pedacinho dela segue
Perdida nas asas da recordação.
Não foge o pensamento deste alguém,
Na ânsia louca, a espera de seu bem,
Chama seu nome insistentemente
Sentindo o fogo do desespero
Queimando o peito, como brasa ardente.
Saudade que consome
Até mesmo as palavras de esperança,
Tirando o brilho da vida, perdida na tristeza de sua ausência
E alonga-se o caminho
Perseguindo uma lembrança.
Nesta sombra negra que me rodeia,
Não acharei outra gota de luz
Pois apagou-se a fonte de claridade
E as horas mortas da noite
Relembrando o que foi felicidade
Só a dor produz,
E maltrata amargamente
A doentia e maldita saudade.
Elio Moreira