MARCAS DO TEMPO
(Sócrates Di Lima)

O tempo marca no relógio um fato,
O dia marca uma despedida outrora.,
O coração apreensivo fica chato,
Parece que quer se lembrar de alguém foi embora.

Horas, dias quiçá uma semana,
Passam rápido quase imperceptível.,
Mas no peito a badalada que emana,
Faz lembrar que o tempo é corrosível.

Tudo passa, como uma névoa fina,
O agora se faz ontem e é passado.,
E o que se viveu dobrou a esquina,
Ficando para traz como um fardo.

Não se vive mais o que passou,
O presente traz outras concepções.,
São marcas que lá atrás ficou,
E agora, somente recordações.

Só o tempo faz na memória arquivar,
Os momentos belos que se viveu.,
E a qualquer momento pode se lembrar,
Tirando dos arquivos o que na vida se escreveu.

Saudade de Basilissa, ah! Essa é a palavra chave,
Só se recorda se houver coisas boas a se lembrar.,
O amor começado deixa marcas, mas nada grave,
Que em outro tempo não se possa recomeçar.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/12/2008
Reeditado em 13/07/2012
Código do texto: T1329913
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