...E ELA PARTIU - Foi um sonho? (Poema para Basilissa n. 17))
(Sócrates Di Lima)
Como um sol que se vai ao final de tarde.,
Ela partiu no silêncio de um beijo de despedida,
Um abraço apertado de amor e amizade,
Fez-se um último ato de uma partida.
Do amadurecimento das almas envolvidas,
Não há choro, desespero ou lamentos.,
Um último olhar, um beijo lançado, portais de saídas,
Marcas singelas que evitam tormentos.
Restou a fragrância do perfume dela,
Que misturado com a brisa da tarde.,
Mesclou-se no perfume que entrava pela janela,
Banhando a alma no inevitável apelo de saudade.
Isto foi ontem, quando o dia estava ao meio,
Em dia e hora marcada pacto desfeito e acabado.
Que me submeteu a um lanço de consciente devaneio,
Fazendo-me expurgar aquele sentimento frustrado.
E para soltar a fera da tristeza que envolvia meu coração,
Sai sem destino por uma estrada qualquer.,
Onde a leveza do despertar fez-me compreender a razão,
E aceitar com paciência os motivos daquela mulher.
Ah! Como um olhar de ternura me faz falta agora,
Como um sorriso franco é marca de saudade.,
Como um carinho das mãos daquela senhora,
Ficaram marcados, tatuados numa partícula de felicidade.
Não tenho alma para castigar minhas emoções,
Não tenho sentimentos negativos a externar.,
Somente o agradecimento pelas belas canções,
Que o meu coração houve por bem entoar.
Não me sinto feliz, tão pouco realizado,
Mas não me desespero, pois, sou emancipado.,
Pela experiência de ter sozinho administrado,
Passo a passo as rédeas desse sentimento limitado.
E hoje me sinto feliz por certo,
Por ter mais uma vez aprendido.,
Que mais vale viver um amor incerto,
Do que ter um coração frio e desiludido.
E ao final da estrada sem destino,
O ronco do motor silenciou.,
Descobri que vivi sonhos de menino,
..E infelizmente ela partir, e aquele sonho acabou.
Basilissa, não estou compreendendo,
Pois, estava inteiramente ligo nessa paixão,
Achei que voce estaria se comprometendo,
E eu esperar por voce na próxima estação.