SE TU PARTIRES (Poema para Basilissa N. 15)

(Sócrates Di Lima)

Basilissa...

O veto veio me dizer que vais embora,

Que não pode mudar teus princípios.,

Que jamais buscaria uma vida lá fora,

E tornar teus pensamentos ímpios.

Foges de mim porque não vejo os olhos teus,

Não me deixas fita-los para saber com sinceridade,

Se vale a pena lutar contra os impulsos meus,

E viver escondida por traz de uma falsa verdade.

Ouvi dizer que não mais me quer,

Não porque sou indigno do teu amor.,

Mas porque comigo te sentes mulher,

E não podes te entregar ao meu furor.

Foges de mim porque estas distantes,

Numa distância geográfica presumível.,

Que pode ser resolvida em instantes,

Bastando um ato tresloucado e admissível.

E por isto diz que não pode prosseguir,

Nesse ilusório e virtual acaso.,

Que surgiu de repente sem consentir,

Um ato, um fato, talvez um caso.

Ouvi dizer que vai me deixar,

E eu não posso te segurar.,

Se decidir ir embora, vá, sem questionar,

E não olhe para traz para o que vai deixar.

Nada vai acontecer comigo, não tenha compaixão,

Não vou morrer de amor ou de tristezas.,

Mas passarei dias debruçados na minha solidão,

Administrando angustias, tédios e incertezas.

Basilissa, talvez voce não saiba,

Que antes de me aceitar,

Deixo que meu coração caiba,

Tudo que vier de voce, pra me amar.

(Em 12/2008, 21h13min., registrada)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 01/12/2008
Reeditado em 21/05/2012
Código do texto: T1313642
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