Tão distante
  E tão próxima
  Não se importa com modismos
  Nem é apologista do saudosismo
  É única. Conhecedora de segredos...
  Colocou como ninguém
  Todas as minhas tristezas
  Todas as minhas alegrias
  Numa simples folha de papel
  Fortalecia-se quando minha mão escrevia
  Tudo que me nascia na alma
  Enferrujada, gasta pelo tempo
  Não me decepcionou
  Foi cúmplice e confidente
  Em seu teclado
  Sobressai-se cor negra
  Encardida pelo uso
  Igual a mão dos meninos
  Que limpam carros na rua
  Para ganhar o pão-de-cada-dia
  Não penso em jogá-la fora
  Você foi a minha mais doce companheira
  E hoje faz parte da minha saudade

  

Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 27/11/2008
Reeditado em 10/02/2009
Código do texto: T1306743