AUSENCIA
Cai a tarde, gris e molhada
O vento invade o quarto trazendo o frescor da chuva
Que insiste, suave, freqüente, lentamente
Acariciando minhas lembranças e me leva.
Um livro aberto sobre o peito, esquecido,
Você tão longe, e aqui.
Cerro meus olhos,
Cheiro de chuva, som de chuva e você...
Aos poucos vou me sentindo como essa chuva
Que vejo através da janela
Simplesmente caindo, caindo, caindo...
No peito um vazio. Inevitável vazio,
Restos de um sonho, real, mas breve.
Passou por mim como um cometa,
Deixou-me ternas lembranças
E esse vazio, que chamam: saudade.