Se queres...
Não dar-te-ei a tristeza
De assistir o meu pranto incontrolado,
Tão pouco que sintas o meu sofrer,
Por cá não tê-la ao meu lado.
Se caso um dia,
Cá possas mirar algo,
Que veja o sorriso,
Inda que disfarçado,
O mesmo que vias,
Naquilo que hoje chamas passado.
Se queres ver os meus dedos,
Não hás de ver entre eles, o dissabor
Que por tanto enxugou tristeza,
Pintado em poemas borrados,
Esquecidos juntos ao teu amor.
Se queres de algo se recordar,
Lembra-te apenas que amei,
E por tal me alegra o teu viver,
Inda que longe do meu amor, do que sonhei...
Me alegra sobremaneira teu riso imaginar.