SAUDOSA INFÂNCIA

Ai que saudade da infância

Quando eu brincava com a molecada

Sem maldade e sem ganância

Em noite quente e enluarada!

Ai que saudade da minha rua

Tão simples e pobrezinha!

Toda rota, quase nua,

Tudo faltava, nada tinha...

Mas todo mundo era amado

Não havia a tal ingratidão,

O brinquedo era improvisado:

Bola de meia, bang-bang, pião...

Ó tempo bom, tempo cruel!

A fantasia envelheceu e acabou,

E aquele pedacinho de céu

Só na lembrança ficou.