SOU MATUTA NATA
Estou agora só...
Triste, insegura e com medo.
Coisa danada de esquisita...
Dominada por um sentimento que abomino!
Há muito para fazer...
Não me importo e me deixo vencer.
Pergunto-me por que,
E, eu mesma respondo:
Quem vai saber!
Se eu nem sou eu, neste momento,
Então o medo está perdendo seu tempo
E eu jogando fora o meu lamento.
Ah! Como queria estar longe daqui...
Nalgum lugar a beira de um lago, ou na mata
Afinal nasci no interior e com orgulho assumo:
Sou matuta nata.
Aqui nesta cidade,
Só escuto o canto dos pássaros de madrugada.
O galo não canta avisando que a aurora é chegada.
Chove e não sinto o cheiro da terra molhada.
Afinal, o que faço nesta terra ingrata?
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