Saudade de ti, meu poeta!
Saudade da paixão,
saber que nossos beijos loucos
se propagam,
corpos incandescentes,
ou estrelas cadentes,
em noite de luar,
onde a inocência era uma estrela
a mais a luzir no céu!
Quando a noite nos transforma,
em loucos apaixonados,
capaz é o dia de esconder tudo isto,
em conceitos moralistas que eu ,
com sinceridade, desconheço!
Pois nada pode tirar-me,
o direito de viver este amor,
ou todos os amores,
com que a vida nos brindar,
menos ainda o nosso,
que foi aplaudido pelas estrelas!
Nossa vontade, nosso desejo...
deve estar acima destes conceitos,
e de uma moral que nos foi imposta,
não são regras minhas e tuas!
Desgosto eu tenho,
de não ter acordado antes,
para estes fatos e,
deixei amores escapulirem,
pelos dedos medrosos,
de segurá-los com força!
Hoje sei que só devo explicações
a minha consciência e,
se ela me diz que eu só tenho esta vida e,
acredito que aqui estamos,
para sermos felizes,
meu amado poeta de além mar;
eu tudo vou fazer para ser feliz!
Tenho saudade do calor,
que invadia meu corpo e,
incendiava meus sentidos.
Tenho saudade do teu olhar
que me alimentava,
sem nada pedir em troca.
Olhos que me aprisionavam
e me faziam refém...
Desejos alucinantes,
dos momentos de loucura,
em que o mundo parecia parar,
e as palavras se calavam,
eram desnecessárias!
E em um simples gesto,
mais de mil respostas apareciam,
saudade da paixão,
daquele tempo em que teu perfume,
era uma lembrança deixada no corpo.
Saudade, forte saudade daquele tempo
em que só éramos dois amantes,
sem nada a pensar,
que não fosse o momento,
que não fosse nós dois...