EU, VOCÊ E A SAUDADE!
Esta chuva mansa lá fora não conforta...
Uma pobre alma, vítima da inquietação.
Aquela nostalgia imensa, e olho a porta
Na certeza que tu entres. Doce paixão!
Pela vidraça vejo um casal enamorado...
Que num abraço se perde na escuridão.
Lembro-me do puro amor evidenciado,
Os beijos, carinho, carícias, a emoção.
Quão memoráveis momentos, um calor...
Os afagos e beijos molhados, a chama.
Na dança de corpos suados, esplendor
Que justifica os desejos de quem ama.
Inegável a pureza do encontro e magia...
Esta química que nos atingiu por inteiro.
Clímax da sedução! Amantes na euforia,
Cúmplices do prazer, alento alvissareiro.
Invencível batalha da ousadia e ternura...
Qual intrigante acontecimento inocente.
O êxtase devotado, gostosa beleza pura
E aos poucos se mostrou tão consciente.
Não convém segregarmos algo grandioso...
Manifestado em nossas mentes, verdade!
No poder que emana, o absoluto colosso,
A chuva que cai!... Eu, você e a saudade!
Pirapora/MG, 19 de novembro de 2008.