Do que sinto saudade
Eu sinto saudade do tempo
De quando ficava na janela
Vendo a vida passar
Das conversas nas calçadas
De contar estrelas nas madrugadas.
Guardo relíquias
Tenho uma caixinha cheia de trecos
Fotos antigas
Amareladas
As lembranças renascem
Recordo momentos
Guardo meus espelhos quebrados
Ranhuras que o tempo não apagou
Mas ainda mostram imagens.
Num canto da sala estão meus convidados
Amigos de infância
Segredos in_violados
Minhas relíquias dizem muito de mim
Das minhas velhas manias renovadas.
Ainda conservo os meus pecados
Escrevo versos para o passado
E faço festas com champanghe
Ao som de Mozart.
Brindo às minhas lembranças sem medo
O que desejo são tempos de liberdade.