DESCULPE-ME, AMO-TE

Desculpe-me, amo-te.

Por mais que outras tantas

Venham a possuir o meu corpo

Não será nada mais que isso.

Essas mulheres que falham

Ao tentar decifrar-me,

São indubitavelmente mais corajosas que eu.

Sou tão cretino ao trata-las assim,

Como simples objetos que a qualquer momento

Podem ser repostos.

Desculpe-me, mas falta-me coragem.

E sequer suponho crer

Na possibilidade de dividir

A minha vida com que quer que seja.

Talvez um dia o amor

Me atropele sem eu ao menos perceber,

Mas por enquanto não.

Por enquanto amo-te,

E isso me basta.

M Bezerra
Enviado por M Bezerra em 15/11/2008
Código do texto: T1284831
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