DESCULPE-ME, AMO-TE
Desculpe-me, amo-te.
Por mais que outras tantas
Venham a possuir o meu corpo
Não será nada mais que isso.
Essas mulheres que falham
Ao tentar decifrar-me,
São indubitavelmente mais corajosas que eu.
Sou tão cretino ao trata-las assim,
Como simples objetos que a qualquer momento
Podem ser repostos.
Desculpe-me, mas falta-me coragem.
E sequer suponho crer
Na possibilidade de dividir
A minha vida com que quer que seja.
Talvez um dia o amor
Me atropele sem eu ao menos perceber,
Mas por enquanto não.
Por enquanto amo-te,
E isso me basta.