PAVIO
PAVIO
Sem métrica,
Quero escrever a noite inteira
Dizer um verso atras do outro
Atiçar a minha bela companheira
Fazer de mim seu fiel potro.
Correr com ela pelas verdes campinas
Como se a vida não existisse mais,
Só ela interessa-me entre as meninas
Cantando-lhe meu solo em tristes ais.
Singra o papel a caneta velha
Deixando escrito a minha verdade,
Onde somente o nada a tudo espelha.
É assim mesmo a nossa vaidade
Pavio aceso com pequena centelha
De amor e grande labareda de saudade.
Goiânia, 11 de novembro de 2008.