PAVIO

PAVIO

Sem métrica,

Quero escrever a noite inteira

Dizer um verso atras do outro

Atiçar a minha bela companheira

Fazer de mim seu fiel potro.

Correr com ela pelas verdes campinas

Como se a vida não existisse mais,

Só ela interessa-me entre as meninas

Cantando-lhe meu solo em tristes ais.

Singra o papel a caneta velha

Deixando escrito a minha verdade,

Onde somente o nada a tudo espelha.

É assim mesmo a nossa vaidade

Pavio aceso com pequena centelha

De amor e grande labareda de saudade.

Goiânia, 11 de novembro de 2008.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 13/11/2008
Reeditado em 11/01/2009
Código do texto: T1280825
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