NEBLINA DO AMANHECER

Entre grotas, como se fosse uma nuvem de vapor,
que entre verdes, tem a beleza de uma tulipa,
mas assim como desapareceu o seu  amor,
com a chegada do dia, tambem rápido se dissipa...

Neblina, que entre os vales, enfeita essa manhã,
cobrindo todas as matas, do verdejante arrebol,
perfuma o ar, com um suave cheiro de maçã,
mas nunca espera, para ficar jundo do sol.

Quando a claridade, sobre seu meio avança,
aparece o verde, e a beleza da vegetação,
vai sumindo, como sumiu a minha esperança,
a paisagem linda, que nunca vê o meu coração.

Volta a noite, cobrindo as estrelas do céu,
para novamente encher os vales de brancura,
aqui de cima  admirando, lembra-me o amor infiel,
que me traz a saudade em forma de loucura.

Neblina da noite, que me significa a solidão,
que deixa a colina, os vales, a montanha quieta,
mostra uma rara beleza, aqui em Campos do Jordão
mas que maltrata tanto, os olhos desse poeta... 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 28/10/2008
Reeditado em 31/10/2008
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