MENINA ANDARILHA

Ainda há pouco em plena madrugada

De lua tênue, já um pouco nublada,

Ela ousou a me cumprimentar...

Bateu à porta, girou a tramela,

E eu a vi...era mesmo ela!

Que sempre insiste em me despertar.

De face calma, ainda uma menina!

Porém não disse para o quê que vinha

Só se dispunha a me machucar.

Eu perguntei-lhe o quê de mim queria,

No seu silêncio...só me oprimia...

Eu lhe implorei para me abandonar.

Em tom calado...quase zombaria!

Me respondeu a "saudade andarilha":

-Não se assuste...mas vim para ficar!

Meu sabiá gritou lá na Palmeira...

Me avisou ...que a lua era cheia!

Mas que minguou... só de me ver chorar.